quinta-feira, 29 de novembro de 2012

As desculpas.

Pois é, apareci. Não abandonei o blog, mas tenho feito mil coisas e não tenho conseguido me inspirar devidamente. Mil desculpas, mas não conseguirei cumprir o combinado de postar em dias alternados. Sei que isso é muito ruim para a divulgação da página porém, não tem como ser diferente: trabalho, faculdade, fim de ano, tudo contribuindo para me desviar desse meu espaço. Prometo que sempre que puder estarei por aqui, e, para firmar esse compromisso, vou postar os convites que fiz hoje. Gostei bastante do resultado!



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Veta Dilma?

Será que eu quero mesmo que o Rio continue recebendo os mesmos bilhões dos royalties? O Cabral diz que sem o benefício, não tem Copa, nem Olimpíadas, mas o repasse dos royalties não são para compensar o meio da exploração? E o que a Copa e as Olimpíadas têm a ver com isso?

Pode ser ignorância minha, e posso estar correndo o risco de receber milhões de pedras no meu telhadinho de vidro e, mesmo sem entender, vou comprar essa briga. Eu não sei nada de política, nem nada (ou quase nada) de dinheiro público, só consigo analisar o que a mídia, parcialmente, me informa. 

Sei que nós moramos num país rico, que deixamos de receber royalties de muitas empresas que lucram com matéria prima retirada de nossas matas. Sei também que, de repente, um Rio mais pobrinho, seja um Rio menos roubadinho. Sei lá...É também uma forma de pensar, né?

Aterro do Flamengo. Acervo pessoal.


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Por que namorar?

Namoro 

por Fubim


É fato. Textos românticos que começam com citação de dicionário são manjados, superficiais e mela cueca como o teclado de uma música do Bon Jovi.

Mas como eu tenho o mérito da ousadia, visto que dei um título desses a essas singelas linhas que tenho o prazer de ter seus olhos a segui-las, vejamos o que o Aurélio tem a dizer sobre “namoro”.


na.mo.ro

sm (der regressiva de namorar) 1 Ato de namorar. 2 Galanteio. 3 O namorado ou a namorada.

Certo. Realmente não foi a definição mais esclarecedora do mundo. Mas isso só me ajuda a tentar criar a minha versão sobre o que este título implica e significa na vida de uma pessoa.

Primeiro. Por que as pessoas namoram? Antigamente era claro. O namoro era simplesmente uma ante-sala para o casório. Aliás, nos tempos do meu e do seu bisavô o item número 2 da definição acima era de fato feito na sala, com a companhia vigilante da futura sogra em um sofá por perto.

Hoje, este objetivo ainda existe. Mas como algo distante, longe, deixado para pensar depois com uma conta bancária razoável ou a certeza que o matrimônio valha outra tentativa. A prioridade é ser feliz, e agora. Namora-se por que você simplesmente gosta de quem você escolheu depositar todo seu afeto.

Mas será que é tão simples assim?

Surge então uma inevitável pergunta: com a desobrigação do casamento em cada namoro e um vasto mundo de oportunidades para solteiros e solteiras se lambuzarem no mel da conquista, por que as pessoas ainda escolhem o doloroso risco de ter seu coração partido? Afinal, a vida em voo solo está aí, com todas as vantagens da liberdade de fazer e pegar quem bem entende.

O “affair” da revista Caras, o “ficante” da revista Capricho, o “fuck friend” da revista Nova só mostram o quão normal e corriqueiro o romance sem compromisso está. Uma fase de “curtir a vida” é bem vinda, e valorizada. Dá para viver muito bem saindo para onde quiser e sem número certo para boa parte dos nossos telefonemas.


Na teoria, é possível preencher toda nossa inerente carência por cafunés sob o cobertor e mensagens de texto lidas com um sorriso visitando tudo que nos apetece no cardápio. Satisfazendo-se com romances simples e apetitosos como um macarrão carbonara.

Na teoria. Pois na prática, quando chega a frechada do cupido ou o tiro acerta o Álvaro, entra em vigor um antigo ditado sertanejo: “cavalo selado não passa mai de uma veiz”. O recém contraído frio na barriga é acompanhado de um leve e intuitivo desespero, de algo que lhe diz que se você deixar esse potro passar vai ver embora com a poeira na estrada uma baita chance de ser feliz. Ou pelo menos viver assombrado com a dúvida do que seria um passeio a galope.

E esse imprevisível senso de urgência é o primeiro sintoma da paixão - a faísca que começa namoros. Coisa que depois, aos poucos, vai virando algo maior que nem eu, você, ou fogo que arde sem se ver consegue definir.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Solidariedade

Eu acho que os problemas que assolam nossa sociedade tem um só nome: a falta de solidariedade. E esse problema tem me incomodado muito, principalmente, quando preciso me locomover. É andando na calçada ou atravessando a rua, mas a bárbarie acontece mesmo quando eu resolvo utilizar o transporte coletivo. 

 As pessoas se acham donas do mundo ou o quê? Esses dias, entrei numa van e havia dois cavalheiros sentados na ponta e só uma vaga na janela, acredita que ninguém se mexeu na hora que entrei? Tive que, praticamente, passar por cima deles para sentar. 

Hoje, em um ônibus lotado, tentei ficar em lugar que não atrapalhasse muito a passagem e segurei a minha bolsa para não bater em ninguém, a bonita sentada na minha frente nem para se oferecer para segurar a minha bolsa, mesmo vendo que estava difícil me segurar e segurar a bolsa. Teve uma hora que me irritei e desci a bolsa de forma que quando as pessoas passavam, a bolsa batia na própria mulher sentada e digo mais: ela ficou bem irritada (rsrsrs). 

 Esses são apenas dois de muitos casos que já me ocorreram e, com certeza, ocorreram com muitas outras pessoas. Com um pouquinho de boa vontade, a nossa vida e a de toda a comunidade seria muito melhor. Eu nunca deixarei de pregar a minha máxima: Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem com você. 


domingo, 11 de novembro de 2012

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Nota 10 em exemplo



Todas as vezes que falei de educação, de ser responsável por alguém, falei de dar o exemplo, de se colocar em sacrificio e não apenas de usar o velho "faça o que eu digo e não o que eu faço". 

Uma mãe denunciou uma irregularidade da própria filha. Não sabemos se a filha estivesse realmente tentando o ENEM para ingressar na faculdade, a atitude da mãe seria a mesma, mas não podemos desconsiderar todo o gasto envolvido em uma prova de Vestibular. Essa mãe não só desclassificou a própria filha do concurso, ela deixou sua filha ser punida de um erro, ela saiu da sua zona de conforto e denunciou essa prova que já provou, por tantas vezes, que não tem segurança nenhuma e, ainda assim, continua sendo o principal método para os alunos ingressarem na faculdade pública. Com certeza, ela, metaforicamente, deu tapa na cara de muita gente. 


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Sobre desamigos...

E não será muito incomum a minha indiferença com alguém no primeiro contato. Inimigos dos meus amigos, meus inimigos são. Os amores passam, a vida passa, só os verdeiros amigos ficam. E quem são os verdadeiros amigos? 

Andei me perguntando a quantas pessoas não fui legal porque o amigo do amigo me disse que não prestava. Qual o parâmetro que define quem presta ou não? Será que é demais dar um segunda chance à alguém que nunca teve direito nem a primeira? Pagar para ver ou ignorar de cara? A segunda opção é mais fácil, mas será que também não estamos nos impedindo? Não estamos nos limitando a viver somente experiências seguras? E o que é seguro quando se trata de seres bipolares, temperamentais, sentimentais e...HUMANOS?


Será que não perdemos oportunidades de conhecer pessoas maravilhosas pelo simples medo de tentar? Será que não deixamos de casar com o galinha da turma para não magoar o coração? Será que não desfizemos laços familiares apenas pelo rancor herdado de nossos pais?

A vida pode durar uma década ou um século, nós não conseguimos controlar isso, mas podemos, a todo momento, nos livrar dos paradigmas criados por nós mesmos. Os "nunca's" devem ser transformados em "talvez" ou em um "quem sabe". Afinal, quem sabe o dia de amanhã?

Mais vale aqui é construir, e não destruir. Fazer amigos, relembrar amigos e desfazer inimigos são dicas valiosas. Os laços devem ser renovados sempre, com um presente ou uma presença, de preferência.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Porque nenhuma alegria é isenta de pesares.

Onde fui amarrar meu burrinho?

Por Christina

Desde criança sempre quis ser mãe. Sempre achei lindo mulher grávida, enorme, barriguda, andando feito pato de pernas abertas. Sempre achei que ser mãe era meu (único?) dom na vida. Na adolescência me vi um tiquinho mais egoísta "filho? tá doido? não suporto criança chorando!", mas logo a vida voltou ao normal e numa discussão com um (ex) namorado, cheguei a conclusão de que esse é o único propósito da vida do ser humano: procriar, parir, encher o mundo de herdeiro.
Abre parênteses:
Não, não acho que gerar e parir uma criança seja mais importante do que criar uma criança. Tiro meu chapéu para os pais adotivos que criam seus filhos muitíssimo bem. Muitos pais biológicos não chegam aos pés de certos pais adotivos. Mas a questão aqui é que sempre fui louca pra ter aquele barrigão gigante e andar feito uma pata.
Fecha parênteses.
O tempo passa, o tempo voa, o namorado muda, a pessoa muda de país e volta a ser estudante aos 28 anos. Relógio biológico já em funcionamento. Namorado gringo, diferenças culturais gritantes, que tempinho bunda esse da Inglaterra, vamos morar juntos, vamos pra uma casa melhor.
O plano era casar, comprar casa, ter filho, nesta ordem. Tinha o sonho de ganhar na loteria, mas não depende da gente. Na vida real, o que aconteceu foi que engravidei, depois casei mega barriguda (tipo um mês antes de parir), ao mesmo tempo que compramos a casa. A mudança foi feita entre o parto e o pós-parto. Lindo, tudo lindo. Gravidez maravilhosa, a barriga cresceu no último mês e ficou enoooorme, o cabelo ficou brilhoso, o humor nunca esteve tão bom, dormia o final de semana inteiro, conseguia dormir de bruços (isso, de barriga pra baixo, como eu gosto!), a vida era a linda e eu amei aquele estado - cheguei a dizer pros gays (todos tão lindos) lá do trabalho que topava ser barriga de aluguel, de tanto que amei estar grávida. Amei o parto também, apesar dos pesares. Saí querendo mais.
Mas depois da gravidez fantástica, do parto legal, o que acontece? Cadê a barriga redonda e linda? Cadê os paparicos? Cadê os finais de semana de sono profundo? Ninguem me preparou para o que estava por vir. Parir foi mole - dói sim, mas foi ótimo; amamentar foi divino - é difícil sim, mas uma experiência única; mas ter um serzinho dependente de você, que não curte dormir como você curte, que não vem com manual de instruções e que não tem botão liga-desliga (como assim, produção?!?!).
E quando você nao tem família perto pra dar uma força, pra segurar a onda por duas horinhas enquanto você dorme? E quando a família vem de longe e fica hospedada na sua casa, 24 horas por dia, 7 dias na semana (7 não, 14, às vezes 30!)? E quando a família que vem para o nascimento e as primeiras semanas de vida da sua filha não é a sua, não fala a sua língua e quer dar o primeiro banho (e todos os subsequentes), trocar as fraldas, etc? E quando - prestem muita atenção agora - seus hormônios, que foram tão legais com você durante a gravidez, te sacaneiam feio no pós-parto e você acaba em depressão e tomando anti-depressivo?
Resumo da ópera: ser mãe não é o mar de rosas que eu sonhava que seria - é, de longe, uma das coisas mais difíceis que já fiz na vida, mais imprevisíveis, mais cansativas e emocionalmente desgastantes. Já passei por muitas coisas na vida mas essa é a que mais me sugou, me consumiu. Educar uma criança é tarefa muito séria e complexa. Vai ficando mais e mais difícil. Tem todas as doenças, os dentes que nascem e trazem diarréia, febre e muita dor juntos, a fase dos terrible twos (que pode durar até 3 anos), a descoberta e o vício do chocolate, e por aí vai. E olha que não sou nem uma expert no assunto; só tenho uma filha e ela só tem 2 anos.
Estou arrependida? Está maluca?! Nunca! Faria tudo de novo, mil vezes. Minha filha é linda demais, gostosa demais, feliz demais. Olho pra ela e tenho a certeza de que sou uma ótima mae: ela é saudável, faladeira, esperta, feliz - tão feliz. O trabalho compensa. Posso estar exausta, mal humorada, com raiva do mundo, mas toda santa noite, pelo menos uma vez, vou no quarto dela admirá-la no sono, beijar o pezinho descoberto, cheirar a cabecinha, olhar cada detalhe do rostinho bochechudo dela.
Mas (sempre tem um "mas", né?), se antes eu achava que eram doidos os casais que optavam por não ter filhos, hoje em dia entendo perfeitamente a opção, e apóio a decisão.
Acho que, às vezes, eu queria era ter um clone - um com filho e outro sem. Pra viver o melhor dos dois mundos.

Christina é mãe de uma, queria ter quatro filhos mas agora não sabe se terá mais que dois. Nas horas vagas, também é esposa, trabalha expediente integral, é escrava do lar e escreve bobagens em inglês aqui e em português aqui.

Fonte: http://minhamaequedisse.com/